segunda-feira, 8 de novembro de 2010

TATOO DE ESCORPIÃO - MEU SIGNO.

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ARTRODESE - CIRURGIA DA COLUNA - "MINHA CIRURGIA"

Vou contar para vocês um pouco do dia a dia da minha cirurgia.

Quando pensamos em cirurgia da coluna, ficamos sempre apavorados, é uma coisa que dá insegurança. Eu tinha um problema na coluna Espondilolistese, grau 2, em outras palavras, é o escorregamento de uma vértebra sobre outra. A minha estava localizada em L4 L5, e mais hérnia de disco na mesma vértebra. Tinha dores quando abusava, limpava a casa, pegava algum peso, mas no geral eu tomava algum analgésico ou antinflamatórios e ficava boa, ia trabalhar todos os dias de ônibus e metrô com uma mochila pesada e depois ainda ia para a faculdade. Passei por alguns médicos e todos me disseram que meu caso era cirúrgico.Teria que fazer artrodese, que seriam colocados 6 parafusos de titânio e também tinha que ser trocado um dos discos Criei coragem e resolvi operar, não adiantava fugir. Escolhi um médico que já conhecia e que me passou a segurança que eu precisava. Ele me disse que era um cirurgia corriqueira, que ele fazia todos os dias. A cirurgia foi marcada para o dia 6 de novembro de 2009, quatro dias após meu aniversário, não queria passar meu niver no hospital, mas estava tranqüila, tinha que fazer mesmo, não adiantava enrolar. Eu sabia que seria uma cirurgia difícil, porque já havia pesquisado na internet tudo que poderia acontecer. Meu médico me deixou tranqüila , falou que não ia deixar eu passar dor. Eu internei no dia 5/11 às 23 horas, minha filha e sobrinha foram me levar, eu falei pra elas que poderiam ir embora pra casa e voltariam na manhã seguinte, porque estava sem dor, iria dormir mesmo. (vou abrir aqui um parênteses para contar uma coisa engraçada que aconteceu). Quando arrumei minha mala pra levar pro hospital, me preocupei em levar um pouco de tudo que eu poderia querer usar, sabe aquelas coisas, que a gente leva em uma viagem e que acaba não usando. Levei cremes, elásticos , maquiagem, miudezas para usar no cabelo, perfume, blusas soltinhas e tops para combinar com as blusas, fora camisolas, pijamas, e outras coisas mais..) Um pouco antes de eu ir para o centro cirúrgico, entrou no quarto a enfermeira e os seguranças do hospital e disse que como eu ainda estava sozinha, minhas coisas não poderiam ficar no quarto, era regra do hospital, eles teriam que abrir minhas coisas e fazer um inventário de tudo que eu tinha levado, Cada grampo, elástico, fivelas, perfume, pintura e roupas. Eu logo fiquei morrendo de vergonha, mas também ri muito porque a enfermeira falava que ela iria ficar mais de duas horas só pra anotar cada coisinha que eu tinha na mala, e que eu iria ficar na história dela do hospital, porque ela nunca viu ninguém levar tanta coisa para ser operada.
A cirurgia correu bem, demorei umas cinco horas pra sair do centro cirúrgico, quando saí, meus filhos estavam me esperando na sala de recuperação. Eu tinha uma dor insuportável e estava revoltada já tinha sido medicada com morfina, novalgina, tramal, mas era muita dor, eu chorava e dizia pra chamar meu médico, ele tinha me prometido que eu não ia sentir dor. Mas apesar da minha dor, tinha meu lado vaidoso falando mais alto. Para fazer a cirurgia eu tive que tirar meu piercing do nariz, porque o médico disse que se precisasse de uma cauterização na hora da cirurgia eu poderia ser queimada onde tivesse o metal. Imagine a cena... eu chorando de dor e fiz a minha filha que é enfermeira e a enfermeira da sala que me colocasse o piercing, porque senão o buraco ia fechar e ia ter que sofrer pra furar de novo. Vários pacientes na recuperação de cirurgias variadas ficavam só olhando as duas tentando colocar meu piercing, era cômico, mas colocaram. Passado umas horas, fui para o quarto, e a dor não passava, eu só rezava sem parar pra Deus tirar aquela dor insuportável. Depois de dois dias desci para fazer uma tomografia, tinha que ver se os parafusos estavam bem posicionados. Imaginem com toda aquela dor, ter que levantar, sentar na cadeira de rodas. No dia seguinte veio o resultado, um parafuso estava mal posicionado, torto, tinha que passar por outra cirurgia, tirar aquele parafuso e colocar uma placa de titânio pra firmar a coluna. A nova cirurgia foi marcada para o dia 16, dez dias após a primeira. Eu não acreditava, nem tinha passado a dor e iria passar por tudo de novo. Mas não adianta reclamar, tinha que fazer. Operei novamente, nas duas cirurgias tive que tomar 4 bolsas de sangue, sendo que meu sangue é um pouco raro, A negativo, estava em falta no hospital, mas conseguiram que viesse de outro lugar. Nestes 10 dias do período de uma cirurgia para outra a dor começou a aliviar dependendo da posição que eu ficava, mas o pesadelo iria começar de novo. A segunda cirurgia correu bem, as dores continuaram, mas mesmo assim eu me arrumava. Aí mas um probleminha pra complicar mais um pouquinho, tive infecção hospitalar, o corte tinha um vazamento da medula, tive que ser costurada mais umas duas vezes a sangue frio para tentar parar o vazamento. No total fiquei 30 dias no hospital, era pra ficar 5 dias. Já se passaram um ano da cirurgia, tenho muitas dores, tenho que tomar analgésico todos os dias, para andar a pé, tem que ser devagar, e pouco, tive que aprender a conviver com essa dor e ainda não consegui voltar a trabalhar porque não posso ficar muito tempo sentada e nem de pé, não posso fazer esforço, pegar peso, empurrar nada. Estou escrevendo tudo isso que é para as pessoas que tiverem problemas como eu, que pense muito antes de decidir pela cirurgia você pode ficar muito pior do que estava. O meu médico é muito bom e não foi culpa dele, é que essa cirurgia é muito delicada mesmo. Mas apesar de eu estar falando tudo isso, eu agradeço a Deus por estar andando e podendo ir onde eu quero dirigindo meu carro.


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